Curitiba - PR, parabéns pelos 331 anos
Etimologia: O estudo etimológico da palavra Curitiba é complexo e varia de acordo com os muitos autores. Segundo Antenor Nascentes trata-se de termo de origem tupi “Ku’ri”... pinheiro + “tu¨ba”...sufixo coletivo: muito pinheiro, pinhal. Antiga Curituba, oficialmente com “o” na primeira sílaba, ficando Corituba, que aparece como curé... porco + tyba... abundância ou coré + tyba... abundância de porcos. Os dicionaristas Antônio Gonçalves Dias, Orlando Bordoni, Luiz Caldas Tibiriçá, Silveira Bueno e Teodoro Sampaio apresentam praticamente a mesma versão, com pequenas variações: curi-tyba... abundância de pinheiros, pinheiral. O pesquisador Mário Arnald Sampaio informa que o termo vem do guarani puro, Kuri’yty, corruptela de Kuri’yndy... pinheiral. A atual ortografia, Curitiba, foi oficialmente estabelecida através de Decreto-Lei, assinado em 1919, pelo Presidente do Estado do Paraná, Affonso Alves de Camargo, pois até aquela época escrevia-se o nome da cidade de duas formas, Curityba e Corityba, que são étimos diferentes.
Origem Histórica: As primeiras movimentações no território curitibano se deram através de Paranaguá, via estrada do Cubatão, e ocorreram por conta de expedições ou bandeiras, que vinham à cata de ouro. Os primeiros nomes que aparecem na história curitibana, depois de Ébano Pereira, são os de Balthazar Carrasco dos Reis e Matheus Martins Leme. O primeiro nome da cidade foi Nossa Senhora da Luz dos Pinhais.
Em 1668, Gabriel de Lara, o capitão-povoador, erigiu o pelourinho na povoação de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, assistido por um grupo de dezessete povoadores, iniciando-se a partir desta data, de forma ininterrupta a história oficial de Curitiba. Todavia, Gabriel de Lara não é considerado o fundador de Curitiba, sendo que alguns historiadores atribuem o fato a Eleodoro Ébano Pereira. Em 29 de março de 1693, o povoado de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba foi elevado à categoria de Vila. Não existe efetivamente uma data exata da fundação do núcleo Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, mais tarde Curitiba. Mas, se levarmos em consideração os registros do dr. Raphael Pires Pardinho, Ouvidor Geral da Vila, em 1721, admite-se o ano de 1661 como oficial.
Há uma lenda a respeito da fundação de Curitiba, contada por diversos historiadores, à qual estão ligados os grupos de primitivos povoadores, representados pelas famílias Seixas, Soares e Andrade. Estes bandeirantes, em época incerta, teriam convidado o cacique dos Campos do Tindiqu¨era, às margens do Rio Iguaçu, para que lhes indicasse o melhor local para a instalação definitiva da povoação. O cacique, à frente de um grupo de moradores, trazendo na mão uma grande vara, após andar muito, percorrendo grande extensão de campos, fincou a vara no chão e disse: “... aqui”, sendo que neste local foi erguida uma pequena capela, construída de pau-a-pique, no mesmo lugar onde atualmente se encontra a igreja matriz de Curitiba, sendo substituída por outra, feita de pedra e barro, que serviu à comunidade de 1714 até 1866, quando foi edificada a Catedral Metropolitana.
Em 1894, por causa da Revolução Federalista, Curitiba foi invadida e dominada por tropas revolucionárias. Nesta época, toda a cúpula governamental, liderada pelo governador em exercício, dr. Vicente Machado, abandonou a capital, refugiando-se em Castro, só retornando a Curitiba após o fim do cerco.
Um dos mais expressivos acontecimentos da história curitibana deu-se em 1912, com a fundação da Universidade do Paraná, idealizada e realizada por Victor Ferreira do Amaral, Nilo Cairo e Pamphilo de Assumpção. Após a implantação da República, o primeiro prefeito municipal de Curitiba foi Cândido Ferreira de Abreu (maio de 1893 a dezembro de 1894). Atualmente é referencial em qualidade de vida,
destacando-se pelo pioneirismo nas ações comunitárias, obras públicas e pela preservação ecológica. É a Curitiba do Ligeirinho, da Ópera de Arame, da Rua das Flores e do Farol do Saber.
Fonte: (livro) Cidades Brasileiras, origem e significado de seus nomes, Paraná. João Carlos Vicente Ferreira, ano 2000, pgs. 94-96.
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