No ano de 1887, o casal Manuel Jesuíno Godinho e Francisca Maria da Penha, fazendeiros, doaram uma área de sua propriedade, a fim de ser construída uma capela para seus agregados e para os novos colonos que quisessem se estabelecer na região. O lugar passou a se chamar Capela Nova da Bela Vista do Juquiá, nome sugestivo, uma vez que da nova capela, de fato, se podia descortinar uma bonita paisagem do rio Juquiá, bem próximo.

O nome atual, Juquitiba, é de 1907, quando o povoado passou a ser distrito de Itapecerica da Serra. A alteração deveu-se à existência de outros locais com o mesmo nome, tal como o atual município paulista de Juquiá, que, à época, se chamava Santo Antônio do Juquiá.

Juquitiba, entretanto, pouco tem a ver com o município, já que esta palavra, em tupi, significa, literalmente, ajuntamento de sal, salina, o que de maneira nenhuma é encontrado na região. Pois ainda que a cidade esteja a apenas 40 quilômetros do mar, há uma serra que a separa do oceano.

Seja como for, a palavra é formada pelo substantivo îukyra (sal) e pela partícula tyba (ajuntamento, abundância) e, a propósito, está incorporada ao português, exatamente com o mesmo sentido que tem em tupi.

Juquitiba emancipou-se em 28 de fevereiro de 1964.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 169.