O nome Lençóis é de autoria de Francisco Alves Pereira, que, desligando-se de uma caravana de colonos que subia o Tietê, aventurou-se, com sua família e outros, barra acima de um afluente, que depois iria batizar de Lençóis, por causa da espuma branca que se vê nas cachoeiras do curso que ele descobriria.

O ano era 1850, e supõe–se que um outro pioneiro, João Teodoro de Souza, teria se antecipado a Francisco Alves na exploração do local, antes de se estabelecer em Campos Novos Paulista. De qualquer maneira, atribui-se mesmo a Francisco Alves Pereira a fundação do lugarejo, desde que se estabeleceu com sua lavoura na beira do rio que desbravou. Atribui-se-lhe também a organização do vilarejo, o qual, já em 1858, era elevado a freguesia no atual município de Botucatu, com o nome de Lençóis.

A emancipação da já vila, feita distrito de Botucatu, dar-se-ia em 1948, mas antes, em 1944, o local chegou a se chamar Ubirama, que, de fato, pode significar em tupi, como afirma a prefeitura, muita terra (yby), nome escolhido, em razão de quase todo o território do município, à época, servir à cultura de cana, o que conferia à fertilidade do solo a importância que teria do ponto de vista econômico.

Em 1948, por intermédio de um movimento popular, a cidade recuperaria o nome original, quando lhe foi acrescentado o Paulista, para o diferenciar de seu homônimo baiano, mais antigo.

Lençóis Paulista emancipou-se em 25 de abril de 1865.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 172-173.