Parques eólicos no Rio Grande do Sul responderão pela geração de mais de 550 MW
Energia produzida será conectada ao Sistema Interligado Nacional por linha de transmissão com extensão de 500 quilômetros
O maior complexo de energia eólica da América Latina, com potencial para se tornar o maior do mundo, está em construção no Rio Grande do Sul. São três grandes parques eólicos em obras - dois deles contam com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), com inauguração prevista para o segundo semestre de 2014.
Juntos, o Parque Eólico Geribatu em Santa Vitória do Palmar, o de Chuí e o do Hermenegildo, licitado em novembro do ano passado, serão responsáveis pela geração de mais de 550 megawatts (MW) de potência, o suficiente para abastecer uma cidade com 3,4 milhões habitantes.
“Estamos habilitados para um leilão de mais 200 MW. Basta ganhar o próximo leilão e a gente amplia o parque para superar o maior do mundo que fica nos Estados Unidos”, afirma Ronaldo dos Santos, diretor de engenharia e operação da Eletrosul.
Toda a energia produzida pelas eólicas do Rio Grande do Sul será conectada ao Sistema Interligado Nacional (SIN) por uma linha de transmissão de 500 quilômetros de extensão. A linha está sendo construída entre Santa Vitória do Palmar e Nova Santa Rita, e precisou de solução inovadora para não prejudicar o meio ambiente.
“A obra de transmissão é muito ampla, passa pela Reserva do Taim que é um santuário ecológico. É uma obra feita com cautela”, explica o diretor da Eletrosul. A linha tem torres instaladas dentro da Lagoa Mirim, por nove quilômetros, para não entrar na área da reserva ambiental. “Foi a solução que encontramos para não passar pelo santuário”, diz Ronaldo.
Os três parques eólicos do Rio Grande do Sul e a linha de transmissão geram 8,9 mil postos de trabalho na região. Só no Parque Geribatu são 2,1 mil empregos diretos e indiretos que impulsionam a economia local. Para se ter uma ideia, o volume de empregos gerados por essas obras eólicas equivalem ao do Projeto de Integração do Rio São Francisco, considerado o maior empreendimento hídrico em construção na América Latina.
O PAC 2 tem como meta entregar 218 usinas eólicas até o final de 2015 - 35 delas foram concluídas e 162 ficarão prontas ainda este ano. São 44 usinas em construção na região Sul do país, mas a maior parte - 174 empreendimentos - está na região Nordeste. A energia gerada por todas essas usinas, quando estiverem em plena operação, equivalerá a 5,725 MW – o suficiente para abastecer uma cidade com população aproximada de 5,7 milhões de habitantes.
Incentivo federal
O governo federal ampliou nos últimos anos o investimento na geração eólica, aproveitando o potencial que tem no país. O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), foi o primeiro “empurrão” para explorar este tipo de energia que tinha um custo muito elevado inicialmente, como ocorre com as fontes novas e alternativas. “Hoje ela compete inclusive com a fonte hídrica, em termos de custo de energia”, destaca Celso Knijnik, diretor do Departamento de Energia Elétrica da Secretaria do PAC, do Ministério do Planejamento.
Em 2008, a capacidade gerada pela força dos ventos no Brasil era de aproximadamente 300 MW. Atualmente, as eólicas produzem cerca de 2,7 mil MW. “Pretendemos chegar, até o final de 2014, com mais de 4,3 mil MW”, afirma Knijnik.
A eólica é complementar às demais fontes de energia e depende do regime de ventos. Por essa razão, os parques estão sendo construídos no Sul e Nordeste do país, onde há maior incidência de ventos. E de acordo com Celso Knijnik, os ventos são mais fortes justamente quando os reservatórios de água atingem níveis mais baixos. “Então ela (fonte eólica) passa a ter uma importância muito grande para conseguir manter o nosso sistema de energia e manter a nossa matriz renovável, como é o nosso objetivo”, destaca.
Por: Portal Brasil / PAC
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