Revisão de obras gera economia de 6% na Justiça do Trabalho
Desde que passou a adotar uma sistemática mais rigorosa para analisar projetos e fiscalizar a execução de obras, em 2010, a Justiça do Trabalho conseguiu economizar um total de R$ 136 milhões — 6% do orçamento inicialmente previsto. Os números foram divulgados pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), órgão responsável por coordenar a avaliação preliminar dos projetos de construção, reforma, compra ou locação de imóveis de varas, fóruns e tribunais trabalhistas de todo o país.
O procedimento passou a vigorar com a publicação da Resolução 70/2010 do CSJT, que além de exigir a análise prévia dos projetos, fixou diretrizes e critérios para racionalizar gastos. Antes de cada obra ser iniciada, o projeto é reavaliado e aprovado pelo Conselho, que analisa quesitos como acessibilidade e sustentabilidade. O CSJT também faz sugestões de reformulação, como a substituição de itens e materiais considerados caros ou a redução de espaços desnecessários.
Um dos projetos que ganhou destaque no relatório foi a devolução do prédio de 15 andares do TRT-SC no Centro de Florianópolis (Av. Rio Branco), onde há sete anos funcionavam os gabinetes dos 18 desembargadores do Tribunal e outras áreas de apoio judiciário. Graças à reformulação de um prédio anexo à sede administrativa (Av. Esteves Júnior), os magistrados e suas equipes puderam desocupar totalmente prédio, gerando uma economia de R$ 5 milhões por ano - além do aluguel, foram reduzidos custos IPTU, taxa de coleta de lixo, serviços terceirizados de vigilância e limpeza, manutenção predial, de elevadores, de ar condicionado, limpeza de vidros, energia elétrica, entre outros.
Coworking
A mudança dos gabinetes para a sede administrativa veio acompanhada de uma série de melhorias e inovações, como a ampliação da área de garagem para bicicletas, instalação de um sistema interno de comunicação que dispensa o telefone e a criação de uma área de coworking, com escritórios compartilhados. O novo espaço poderá ser usado por magistrados e servidores em trânsito ou servidores que estão em teletrabalho, quando estiverem no TRT-SC.
“O Tribunal não poderia deixar de antever a tendência de compartilhamento de espaços e redução do tamanho físico do Poder Judiciário, bem como a possível ampliação do teletrabalho e das sessões e audiências telepresenciais. Estas, aliás, são diretrizes traçadas pelo atual presidente do STF e CNJ, ministro Luiz Fux”, afirmou a presidente do TRT-SC, desembargadora Maria de Lourdes Leiria.
Por: Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região
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