O povoamento de Tapiraí deu-se, efetivamente, a partir de 1936, quando a Companhia Agrária Paulista Ltda. se instalou na região e constituiu um patrimônio para abrigar colonos, principalmente japoneses, que estavam sendo deslocados para a serra de Paranapiacaba. E Paranapiacaba foi o nome dado pela companhia ao patrimônio que já em 1938 reclamava sua elevação a distrito do município de Piedade, agora com a denominação de Santa Catarina, que era a padroeira do lugarejo e, consequentemente, da capela que naquele mesmo ano começou a ser construída, em mutirão.

No entanto, a denominação não foi aceita pela Assembléia Legislativa de São Paulo, já que há uma lei, no Estado, que proíbe darem-se nomes de Estados da Federação a comunidades formadas, sejam distritos ou cidades. Iniciou-se, assim, uma querela sobre o novo nome a ser dado à vila.

De início, foi sugerido Guarapiranga, mas que não teve muitos adeptos. Em seguida, cogitou-se que um bom nome seria o de Tapiraí, que alguém sabia significar rio das antas, o que se coadunava, não com um rio específico, mas com os rios Verde, Juquiazinho, Claro e Bonito, que banham a região e onde, até hoje, podem ser vistos casais desses grandes mamíferos. E este foi, enfim, o topônimo escolhido, por acordo popular, para substituir as outras propostas.

Tapiraí é formado pela composição dos substantivos tapy´yra ou tapi´ira (anta) e ´y (rio, águas). Emancipou-se de Piedade em 18 de fevereiro de 1959.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 283-284.