Acusado de matar adolescente é condenado a mais de 18 anos
Submetido ao Conselho de Sentença da 4º. Vara do Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Cláudio Hernandes Silva Lima, jurados reconheceram por maioria dos votos que Robson da Silva Fernandes, 34 anos, foi autor do crime de homicídio qualificado praticado por meio cruel contra Karen Beatriz Cardoso Rocha, 15 anos.
A pena-base aplicada ao réu foi de 18 anos e nove meses e deve ser cumprida em regime inicial fechado. O réu respondeu ao processo preso e foi mantida a prisão para iniciar a execução provisória da sentença.
A decisão acatou a acusação do promotor do juri Reginaldo Alvares de que o réu foi autor do crime de homicídio qualificado por meio cruel. O promotor argumentou que o réu matou a jovem por asfixia mecânica, por constrição externa do pescoço e ação perfuro-cortante provocada por duas facadas na região peitoral da vítima, causando-lhe hemorragia, conforme laudo de necropsia.
O defensor público Alex Mota Noronha sustentou a tese de negativa de autoria, conforme declarações do réu, que foi até o local para encontrar com a mãe da jovem.
Durante a sessão do júri, foi ouvida a mãe da vítima, que não presenciou o crime, e foi comunicada por uma vizinha para ir até quitinete ver como a filha estava. Essa vizinha viu o réu afastando-se do local do crime e, ao verificar o interior da moradia pela janela, avistou a jovem na cama coberta por um lençol ensanguentado.
Emocionada, a mãe da vítima contou que estava trabalhando quando recebeu a notícia da sua vizinha. A vizinha lhe falou que viu Robson Fernandes sair do local do crime. A depoente disse não saber explicar o que levou o réu a cometer o crime e que a filha não conhecia o homem, que era seu amigo, e que, por trabalhar numa cozinha industrial, ele sempre lhe procurava para pedir comida “e eu matava a fome dele”, desabafou a mulher.
Em interrogatório prestado no júri, o réu negou ter cometido o crime. Disse que antes era integrante de facção crimonosa e que agora já não era mais. A versão do acusado é de que outra pessoa matou a jovem a mando de de outra facção, porquê a adolescente costumava conversar com policiais. Robson confirmou que de fato esteve no local para falar a mãe da adolescente, que lhe devia 60 reais, mas, não encontrou ninguém e foi embora.
O crime ocorreu por volta das 15h do dia 30/01/2019, no interior do quitenete, onde a vítima morava com sua mãe, localizado na rua São Francisco, bairro da Marambaia, em Belém. Consta que a vitima foi encontrada despida, com as mãos amarradas para trás, um lençol arrado no pescoço e duas perfurações de faca na região peitoral da adolescente.
Por: Tribunal de Justiça do Estado do Pará
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