Angatuba - SP, parabéns pelos 153 anos
Literalmente, ajuntamento ou reunião de almas; ou um lugar com muitas sombras, em que a pessoa pode se abrigar, refúgio. Essas duas possibilidades para a etimologia do topônimo só aparentemente são discordantes. A palavra ‘anga, primitivamente, em tupi, significava apenas sombra; os índios acreditavam que, quando mortos, seriam como projeções inanimadas de seus corpos, aparências do que foram em vida. Daí os jesuítas traduzirem, em tupi, o conceito de alma por ‘anga.
Era assim também, aliás e apenas como curiosidade, entre os gregos: para eles, no Hades, espécie de reino inferior, as pessoas passavam à eternidade como sombras do que foram em vida.
Isso quanto à primeira parte do topônimo. Já a outra palavra, tyba, significa ajuntamento, reunião ou abundância. A propósito deste topônimo, acrescente-se que se trata do resultado da tentativa de tradução, para o tupi, do antigo nome do município. Não foi uma versão literal, bem entendido. Procurou-se, antes, um nome indígena que contivesse a ideia de alma, espírito, uma vez que, até a sua alteração, a freguesia situada no atual município de Itapetininga chamava-se Espírito Santo da Boa Vista.
A mudança ocorreu em 1908, por proposta do então deputado Júlio Prestes, que era da região. Menciona-se, por fim, que muitos tupinistas, que não dispunham de certas informações, elaboraram a hipótese de que Angatuba significaria ingazeiral, ajuntamento de ingazeiros (nome genérico das árvores do gênero Inga, da família das leguminosas, de fruto muito carnoso e quase sempre comestível; bastante conhecida e abundante em todo o Brasil), do tupi ingá (ingazeiro, ou o próprio fruto ingá) e tyba (ajuntamento, reunião). Tal versão, que sob o ponto de vista gramatical não é incorreta, foi tão difundida que chegou até mesmo a determinar a confecção do Brasão da cidade pela prefeitura.
Com efeito, em seu início, no centro da insígnia municipal constava um pé de ingá, o qual foi substituído, em 1985, por uma Cruz de Malta.
Angatuba emancipou-se, como vila, em 10 de março de 1885, quando ainda se denominava Espírito Santo da Boa Vista.
Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 43.
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