A região por onde passa o ribeirão das Araras, ou o Arary, já era conhecida pelos europeus desde o século XVII, quando Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, passou pelo local, numa expedição que se prolongaria até Goiás.

O povoado propriamente dito, porém, só começaria a se formar quando Bento Lacerda Guimarães e seu irmão José (o barão de Araras e o barão de Arary, respectivamente) fizeram a doação de um terreno, de sua propriedade, para a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora do Patrocínio, nos limites do território de Limeira.

A partir de então, novos colonos foram se arranchando no local, juntamente com escravos forros e agregados desterrados, até que um pequeno arraial se consolidasse. Este ficou conhecido, sucessivamente, por Samambaia, Sítio Bom Sucesso, Sítio das Araras, Capela Nova das Araras, Nossa Senhora do Patrocínio das Araras e, finalmente, Araras.

A insistência do nome Araras, que se deve à existência de muitas dessas belas aves na região, acabou impondo em definitivo a denominação do ribeirão das Araras ou o Arary, que significa rio das araras em tupi, de arara – arara (nome aumentativo pela duplicação da palavra ara, que designa um periquito e que deriva do som a ave produz), e ‘y – rio, ribeirão, água.

Acrescenta-se, em tempo, que os índios que moravam na região, os guaiapós ou caiapós, foram expulsos, vivendo hoje na reserva indígena do Xingu, em Mato Grosso, bem longe, portanto, da terra que lhes pertencia.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 48-49.