Arujá - SP, parabéns pelos 173 anos
A cidade se originou na beira de um caminho que saía da Praça da Sé, em São Paulo, passava pelo Brás, Penha, Guarulhos, Bom Sucesso, Arujá e chegava ao Rio de Janeiro, através do Vale do Paraíba, e que, até o século XVIII, era apenas uma alternativa à estrada que ia costeando o litoral.
Entretanto, com a descoberta de ouro no rio Capivari, corrente próximo à rodagem uns poucos quilômetros e, mais tarde, em Minas Gerais, o fluxo de gente pela região foi tão intenso, que o caminho se tornou a rota preferida pelos viajantes que iam de São Paulo ao Rio de Janeiro, e vice-versa.
Oficialmente, Arujá foi fundado em 1781, com a construção da capela do Senhor Bom Jesus de Arujá, no povoado de mesmo nome, nos limites de Mogi das Cruzes e, mais tarde, no município de Santa Isabel. A obra foi feita por José de Carvalho Pinto, que a dotou “de terras e bens”, como se dizia antigamente. Arujá era como os índios, talvez tupis, chamavam o lugar, que significa ajuntamento de guarus, lugar onde se encontram muitos barrigudinhos (designação comum a vários peixes teleósteos, cujas fêmeas têm o ventre muito volumoso, donde aliás lhes veio o nome; também conhecidos por guaru, gargaú, guaru-guaru, bobó, barrigatintim e barrigudo).
Como curiosidade, pode-se lembrar que, em tupi, gûaru significa, literalmente, peixe-comedor ou, ainda comedor de peixes (de gûara – uma forma variante de ‘y-gûara – e que significa “o que costuma estar ou viver na água”, isto é, todos os seres que têm a água como hábitat natural; este termo, embora pouco usado, era uma outra forma de se designar os peixes; e ‘u –comer, neste caso, empregado com valor de adjetivo, ou seja, comedor); a forma paralela para nomear esse animal é ainda mais expressiva: guaru-guaru (gûaru-gûaru, em tupi), seria o peixe-(muito)-comedor ou, ainda, um voraz comedor de peixes.
Acrescente-se, por fim, uma ou duas palavras sobre essa partícula – îá. Embora os dicionários tupis não registrem tal conceito, ele aparece, de vez em quando, em outros topônimos, e vale a suposição de que ele signifique, em alguns casos específicos, ajuntamento, reunião, abundância (como o sufixo tyba, que aparece aportuguesado nas formas tuba, tiba, tuva, tiva, duba, duva...).
Arujá emancipou-se em 18 de fevereiro de 1959.
Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 51.
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