Lugar sem pessoas, deserto. Conforme a prefeitura, este nome foi sugerido por Nicolau Pizzolante apenas e tão somente porque gostou da sonoridade da palavra. O interessante, porém, é notar o processo de composição pelo qual o topônimo foi formado: bora ou pora significa pessoa; a duplicação bor-bora nos dá a ideia de muitas pessoas, um lugar muito habitado; e’yma é, por sua vez, uma partícula de negação; assim, bor-bore’yma seria um lugar não muito habitado, ou melhor, e para que se entenda o real valor desta construção em tupi, “um lugar muito não habitado”, se pudéssemos, é claro, usar essa construção no português corrente.

A propósito e apenas para assinalar que a liberdade poética pode, por vez, ensejar construção tão insólitas quanto, ou semelhantes, mencione-se o poeta português Fernando Pessoa, que, em seu poema, Ode Marítima, fala de “um cais cheio de pouca gente”.

Borborema pertenceu ao município de Itápolis, emancipou-se em 19 de dezembro de 1925.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 68.