Segundo o histórico recebido da prefeitura de Caieiras, “no final do século XIX o coronel Antônio Proost Rodovalho comprou uma fazenda ao longo do Rio Juqueri-Guaçu e, tendo percebido que as terras eram ricas em minerais de carbonato de cálcio, mandou construir dois fornos de barro para o início da produção de cal. Estes mesmos fornos, em 1830, deram origem ao nome do município: Caieiras”.

Daí em diante, sucedem-se várias datas, que marcam a história do município. Assim, em 1877, em decorrência da fundação da Companhia Cantareira de Esgotos – empresa que visava extrair recursos disponíveis na região para a realização de serviços de higiene em São Paulo -, formou-se o primeiro núcleo habitacional na localidade, composto por 180 residência, cujos trabalhadores eram, em sua maioria, italianos que anteriormente se dedicavam à agricultura.

Ainda em 1877, um dos moradores misturou guaraná com samambaia e obteve uma pasta com características de papel. O coronel Proost viu nesta descoberta a possibilidade de se montar uma fábrica para a produção de celulose. Em 1883, com a inauguração da Estação Ferroviária de Caieiras pela The São Paulo Railway Company Ltda., o povoado se preparava para as novas imigrações, que ocorreriam em 1889, quando Caieiras recebeu alguns alemães, que organizaram a montagem das três primeiras máquinas de papel.

Em setembro de 1890, o coronel Rodovalho e sua esposa, D. Etelvina, compraram a Companhia Melhoramentos de São Paulo, empresa que orientou o processo de ocupação, crescimento e desenvolvimento de Caieiras.

Em 1920, o Grupo Industrial Weiszflog associou-se à Companhia Melhoramentos e, a partir de então, a empresa tomaria impulso, ampliando o âmbito de suas atividades industriais também para o ramo das artes gráficas e da produção de artefatos de papel. Em 1925, a Companhia Melhoramentos investiu na formação da primeira reserva de floresta de pinheirais no Brasil.

Em 1938, Caieiras tornou-se distrito de Mairiporã, transferindo-se, em 1944, para o município de Franco da Rocha. E, em 18 de fevereiro de 1959, pela Lei 5.285, obteve sua emancipação política.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 78-79.