Capivari - SP, parabéns pelos 193 anos
O primeiro não-índio a chegar onde é hoje o município de Capivari e, por isso, considerado seu fundador, foi João Martins Barros, fugido em 1763 do presídio de Iguatemi, onde cumpria pena por bandeirismo não autorizado. João intentava, na verdade, chegar até Itu e, para tanto, abriu uma nova picada no mato, a fim de fugir do patrulhamento que então era bastante intenso nas trilhas mais conhecidas da região, em virtude do grande número de desterrados, criminosos, perseguidos políticos e fugitivos, em geral, que viviam por aquelas plagas.
Na época porém, João não chegou a Itu, mas apenas ao morro da Samambaia (atual marco divisório de Capivari e Salto), nas imediações do qual, mais precisamente às margens do ribeirão Capivari, decidiu montar um rancho. Dele é que nasceria Capivari, cuja população original era composta, justamente, de foragidos da lei.
O nome, que por volta de 1820 já tinha sido adotado para o lugarejo, era o de São João Batista do Capivari de Baixo, situado no atual município de Porto Feliz, em referência ao orago da capelinha ali construída, além do ribeirão corrente, mais o adjetivo baixo, obviamente, para diferenciá-lo da povoação vizinha, situada Capivari Acima (hoje Monte-Mor).
O nome do ribeirão Capivari, que havia muito era conhecido pelo que se lê em registros bandeirantes, parece ser uma herança direta dos índios carijós que, originalmente, moravam no local, e significa, ao pé da letra, rio das capivaras (roedor da família dos hidroquerídeos).
Ainda que a palavra capivara designe um animal e daí ser encontrada nos dicionários tupis com um verbete exclusivo, pode-se, no entanto, e sem muita ginástica, identificar sua origem. Kapi’igûara é o comedor (gûara) de capim (kapi’í), aquele que se alimenta de capim. A outra palavra que compõe o nome deste município é ‘y, que significa rio, águas.
Capivari, com este nome simplesmente, emancipou-se de Porto Feliz, em 1905, mas a data da sua emancipação, como vila, ainda no Império, data de 10 de julho de 1832.
Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 85-86.
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