Rigorosamente, ajuntamento de caraguatás, lugar em que existem muitos exemplares dessas plantas. O caraguatá é um nome comum a várias plantas da família das bromeliáceas (a mesma do abacaxi), que dão, em geral, frutos ácidos e em cachos com longos filamentos que, depois de secos, servem para fazer sandálias, encher colchões e travesseiros ou empalhar aves e outros animais; é conhecido ainda por erva-piteira, gravatá, caroatá, craguatá, cranatá, coroatá, caroá, croá.

Essa planta é muito comum em toda a Mata Atlântica, sendo que em alguns lugares torna-se impossível encontrar uma árvore em cujo tronco não exista pelo menos um exemplar de caraguatá, que às vezes é epífita, isto é, fixa-se sobre outra planta, sem parasitá-la.

A colonização do município, empreitada por portugueses, foi iniciada por volta de 1653, quando a hegemonia da nação Tupinambá já definhava por completo. Mas só em 1770, por ordem do governador da capitania, Luís Antônio de Souza Botelho Mourão, é que um destacamento da Vila de São Sebastião foi deslocado para prover Caraguatatuba de edifícios públicos e organizar, assim, o vilarejo.

Na época, o local já tinha a igreja de Santo Antônio, que determinou a denominação antiga do lugar: Santo Antônio de Caraguatatuba. O atual topônimo é de 1857, quando o lugarejo foi elevado a vila, desmembrando-se de São Sebastião, de que até então era freguesia.

A palavra Caraguatatuba é formada pelo substantivo karagûatá (gravatá) e pela partícula tyba, que significa ajuntamento, abundância.

Caraguatatuba emancipou-se em 20 de abril de 1857.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 86.