Etimologia: Curionópolis – topônimo híbrido, originado de apelido. É a junção da palavra “curió” e do sufixo “pólis”. A palavra “curió” vem do tupi “kuri’ó”, designando ave passeriforme, da família dos emberizídeos e bastante cobiçado pela beleza de seu canto, ocorrendo em diversas partes do país. O termo “pólis” é sufixo grego e significa cidade: Cidade de(o) Curió.

Origem Histórica: A história da origem do Município se confunde com a de Serra Pelada e de major Curió. A primeira denominação do povoamento que se formou às margens da PA-275, foi KM 30, em fins da década de 1970. Era uma currutela formada por famílias que procuravam trabalhos em pequenos garimpos de ouro que pipocavam na região, ou mesmo um emprego na construção da Estrada de Ferro Carajás-Ponta da Madeira. A 26 de janeiro de 1980, o peão Aristeu Silva, conhecido por “Ceará”, descobriu um rico filão de ouro, na área chamada Grota Rica, na Fazenda Três Barras, de propriedade de Genésio Ferreira da Silva. Era o famoso ouro de Serra Pelada, que em pouco mais de 60 dias agrupava mais de 5.000 homens à procura do vil metal.

Na época do apogeu do ouro em Serra Pelada, a região era considerada área de segurança nacional. Surgiu então a figura do “grande pai dos garimpeiros” – o major Curió –, estabelecido no Estado do Pará desde o período de combate aos guerrilheiros do PC do B, na região do Araguaia. Curió era o apelido de infância de Sebastião Rodrigues de Moura, que era agente do SNI e pertencia ao Conselho de Segurança Nacional e assumiu a direção do garimpo de Serra Pelada, onde exerceu liderança por longos anos.

O cargo de diretor do garimpo de Serra Pelada fez com que o major Curió se dedicasse à política, tendo sido eleito deputado federal e posteriormente prefeito da cidade de Curionópolis.

Elevado à categoria de Município e Distrito com a denominação de Curionópolis pela Lei Estadual pela Lei Estadual nº 5.444, de 10 de maio de 1988, desmembrado do Município de Marabá. Instalado em 01 de janeiro de 1989.

Fonte: (livro) Cidades do Pará – Origem e significado de seus nomes. João Carlos Vicente Ferreira, ano 2003, pg. 60.