Dores de Campos - MG, parabéns pelos 86 anos
Quando, nos séculos XVII e XVIII andaram os bandeirantes à procura de ouro nas Minas Gerais, assinalaram sua passagem em nossa região com a fundação de Prados, Tiradentes e São João Del Rei. Não estacionaram na zona dorense onde verificaram a inexistência do ouro de aluvião que aflorava em outras partes. Nos alvores do século passado é que apareceu o núcleo de povoamento. Bernardo Francisco da Silva adquiriu terras em nossas plagas, visando exploração da indústria agropecuária e veio a ser o fundador do povoado. Seus filhos introduziram o trabalho industrial variando no lugar em formação, que cresceu, atraindo pessoas de fora que, não raro, se mesclam à família local.
O terreno em que se assenta a cidade de Dores de Campos era chamado Pasto do Corredor, de propriedade de José Justino da Silva, que o herdou de seu pai, Manoel Justino da Silva. Primitivamente as casas foram construídas à margem da estrada. Ocorreu o falecimento, em maio de 1899, do Senhor José Justino da Silva, ficando sua viúva e herdeira, a senhora Domitildes Teixeira da Silva que fez doação de todo o terreno ainda vago à paróquia, que vende ou afora os lotes.
Nos seus primeiros tempos, a cidade de Dores de Campos chamou-se Povoado do Patusca, depois, com a construção da Capela de Nossa Senhora das Dores, hoje Igreja Matriz, e criação do distrito de Dores de Patusca, passou a ter este nome e, finalmente, tendo sido o distrito anexado ao Município de Prados, desmembrando-se de Tiradentes, a que pertencia, foi-lhe dado, bem como ao distrito, o nome atual de Dores de Campos. A dois quilômetros da estação de Prados, da Rede Mineira de Viação, existente uma tapera situada nas proximidades da confluência do Ribeirão do Patusca com o Rio das Mortes, bem perto da Ponte do Patusca na margem esquerda do Ribeirão.
Esta tapera foi, pelos anos de 1830, uma fazenda de propriedade e residência de um português, rancheiro, que entretinha animado comércio com os inúmeros tropeiros que ali passavam, pois a sua fazenda ficava a margem de uma estrada de rodagem, ainda hoje existente e por onde então transitavam as tropas vindo de vários lugares dos atuais municípios de Prados, Oliveira, João Ribeiro, Lagoa Dourada, Rezende Costa, Tiradentes, etc. Este fazendeiro era o gênio folgazão, pelo que os tropeiros apelidaram de “Patusca”. Essa, a origem dos nomes do Ribeirão do Patusca, o curso d’água que banhava a sua fazenda, e do Povoado de Patusca, a localidade que então formava daí a quatro quilômetros, na margem esquerda do referido Ribeirão e que hoje é Dores de Campos.
No ano de 1856, o antigo povoado achava-se em estado embrionário pois contava com apenas cinco casas. O primeiro morador foi Bernardo Francisco da Silva, fundador do lugar. Os outros quatro moradores foram seus filhos Francisco da Silva Sena, Antônio da Silva Sena, Manoel Justino da Silva e Luiz Joaquim da Silva. Havia ainda a casa de José Cajuru, nos fundos da de Bernardo Francisco, as famílias do Capitão Vicente Teixeira de Carvalho e de João Francisco.
Por Decreto N° 41 de 15 de Abril de 1890, sendo governador do Estado o Dr. João Pinheiro da Silva, o Distrito de Dores de Campos desmembrou-se do Município de Tiradentes e passou a integrar o de Prados. Em 17 de Dezembro de 1938, o então governador Benedito Valadares Ribeiro, pelo Decreto-Lei 148, criou o município de Dores de Campos, ocorrendo assim sua emancipação Político-Administrativa.
Fonte: (adaptado) cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/dores-de-campos/historico
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