Etimologia: Guarantã – De origem tupi “gwa’rá (de yby’rá)”, significando madeira, e “ã’tã”, que significa dura, resistente: madeira dura. do – contração de preposição “de” (posse), com o artigo masculino “o”. Norte – Origina-se do anglo-saxônio, “north”, com referencia à ponto cardeal que se opõe ao sul, regiões situadas ao norte.

Origem Histórica: A abertura da BR 163, na década de 1970, proporcionou a penetração e abertura de todo o norte mato-grossense.

Em 1980, teve início o Projeto de Assentamento de Colonos – PAC Peixoto de Azevedo. Tratava-se de assentamento de agricultores desapropriados de terras no Rio Grande do Sul, no local da barragem do Rio Jacuí. O INCRA e a COTREL – Cooperativa Tritícola de Erechim, se uniram para trasladar os gaúchos sem-terra para o norte de Mato Grasso.

Ao mesmo tempo o INCRA de Mato Grosso se preparava para socorrer famílias brasileiras migradas para o Paraguai, os brasiguaios, que haviam perdido arrendamento de terras e não tinham para onde ir.

Em 1981, formou-se o PAC – Braço Sul, para assentar os migrantes brasiguaios e sem-terras do Vale do Jacuí. O INCRA procedeu ao registro das terras dos gaúchos e dos brasiguaios, resolvendo o problema fundiário.

Fundou-se então o povoado de Cotrel, cuja denominação não permaneceu por muito tempo. A Lei nº 4.378, de 16 de novembro de 1981, criou o distrito já com o nome de Guarantã. A nova denominação surgiu por consenso da diretoria da COTREL e do INCRA.

O nome Guarantã tem origem numa árvore típica da região, com o nome científico de Esenbeckia leiocarpa, da família rutáceas. É madeira conhecida por sua resistência, a melhor para cabo de machado. A árvore apresenta protuberâncias de alto a baixo, formando um interessante trançado. Dá a entender que o povo da região é resistente, rijo, nobre.

Em 13 de maio de 1986, pela Lei nº 5.008, foi criado o município de Guarantã do Norte. Adotou-se o termo “do Norte” para diferenciar a cidade mato-grossense de outra, denominada Guarantã, no Estado de São Paulo.

Fonte: (livro) Cidades de Mato Grosso – Origem e significado de seus nomes. João Carlos Vicente Ferreira e Pe. José de Moura e Silva, ano 1998, pgs 61-62.