A descoberta de sambaquis nessa estância paulista, localizada no Vale do Ribeira, a 200 quilômetros da capital, comprova que a presença humana, em Iguape, começou há milhares de anos.

Sob a denominação de Iguape (inicialmente, foi Nossa Senhora das Neves de Iguape), o então lugarejo inaugura sua história, oficialmente, em 1538 e teve seu desenvolvimento econômico marcado por dois períodos: o do ciclo de ouro de aluvião, descoberto já no século XVII e que fez o atual município se destacar por ter sido instalada, em suas terras, a primeira casa de fundição de ouro do Brasil; e outro ligado ao ciclo de arroz, no século XIX, responsável pelos casarões que hoje conferem à cidade o maior acervo de construção tombadas no Estado.

Iguape vem do tupi e significa, rigorosamente, na ou para a enseada do rio. A palavra é formada de ‘y (rio, águas) e kûa (enseada), e se refere à barra que faz, no município, o rio Ribeira do Iguape, chamada, igualmente, de mar de Iguape. Há ainda, compondo o topônimo, a partícula pe, usada somente em frases e que significa em ou para.

Iguape, como outros centros urbanos do início da colonização, não foi ligado a nenhuma cidade ou vila, em particular. Ao receber foros de cidade, em 1849, Iguape se denominava Bom Jesus da Ribeira. E não existe, por enquanto, qualquer documentação que registre a alteração do nome de Bom Jesus de Iguape para Iguape, simplesmente.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 140-141.