Itapetininga - SP, parabéns pelos 254 anos
No século XVIII, com a descoberta de ouro em Minas e pelo grande afluxo de gente em direção às regiões auríferas da então província da colônia portuguesa, desenvolveu-se, no sul do país, um sistema de comércio de cavalgaduras, principalmente de burros, que veio a se tornar a atividade econômica interna mais lucrativa do Brasil colonial.
O sistema era pontuado pelas estradas e caminhos que os tropeiros abriram desde o sul até Minas, passando por todo o território paulista, e que tinha seu centro em Sorocaba. Era nela que os comerciantes se reuniam, anualmente, para a conhecida Feira de Muares. Ao longo desses caminhos havia diversos locais em que, costumeiramente, os tropeiros pernoitavam para descansar de suas longas viagens em condições sempre duras, e que deram origem a muitos povoados.
É o caso de Itapetininga, que deriva de um arraial estabelecido a seis quilômetros do rio Itapetininga, na beira do Caminho do Sul, a rota então mais usada pelos tropeiros e aberta em 1730 pelo coronel Cristóvão Pereira de Abreu. No rio havia também um porto, muito procurado à época, sendo que, desde 1766, era comum que os moradores e forasteiros rezassem para a padroeira da localidade, Nossa Senhora dos Prazeres de Itapetininga.
Assim, já em 08 de outubro de 1770, o povoado se transformaria em vila, que até então, como freguesia, pertencera ao atual município de Sorocaba, com o respectivo levantamento do pelourinho – símbolo da presença legal do poder português – e com o nome que hoje tem de Itapetininga, que vem do rio e significa, em tupi, estritamente, pedra chata seca, laje seca, itapeva seca; isto é, e em oposição a ita-pe’-syiryca, a laje ou a itapeva em que não se escorrega, não se encontra limo ou pela qual a água não escorre.
Era uma distinção importante para os tropeiros, visto que o transporte de animais fazia-se por terra e que as caravanas, por vez, tinham de atravessar rios, alguns com pedras escorregadias, o que dificultava, em muito, a viagem. Em suma, o topônimo é formado pelo substantivo itá (pedra), adjetivado por peba (chato, achatado) e tininga (seco).
Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 150.
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