Diz a tradição oral que a localidade teria se iniciado com um bendeirante que rumava para Cuiabá em busca de ouro. Ele teria se arranchado na barra de um rio com o Tietê, ocasião em que pescou um enrome jaú “de mais de oito palmos” (quase um metro e oitenta centímetros). Foi quando a localidade passou a ser conhecida como “Barra do Jaú”.

De fato, muitas bandeiras da rota de Mato Grosso navegavam pelo Tietê, do qual o rio Jaú é afluente, e se sabe que, em 1853, foi realizada a primeira missa no então pequeno povoado de Nossa Senhora do Patrocínio de Jaú, já estabelecido à beira do rio e formado, principalmente, por colonos sertanistas, que acompanharam os bandeirantes.

Daí à criação de uma freguesia, no atual município de Brotas, seria apenas uma questão de tempo. Registre-se, ainda, que o jaú é um peixe da família dos pimelodídeos, de coloração parda, com manchas escuras e abdome branco que, se ainda novo, quando o amarelo com manchas violetas, se chama jaripoca ou jeripoca. Um jaú adulto pode medir um metro e meio e chega a pesar até 120 quilos, sendo um dos mariores peixes do Brasil. Acrescente-se, ainda, que a região era habitada por índios caingangues, ou que foram expulsos ou mortos.

Jaú emancipou-se, como vila, em 23 de abril de 1866.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 165.