Município com uma história parcamente registrada. De seu passado, tem-se apenas algumas cartas de aforamento emitidas na década de 1880 pela Igreja às pessoas que adquiriram lotes de terra em torno da capela de São Sebastião, que viria a ser construída na margem esquerda do ribeirão Ponto Nova, em 1890. Nessas cartas lê-se que foram os fazendeiros Manuel Alves e Alferes Manual Joaquim que, em conjunto, tinham doado 50 alqueires de suas terras para que a paróquia de Franca organizasse a formação de um patrimônio; mas o ano em que a concessão foi feita não é citado.

De qualquer modo, o povoado não tardou a se constituir com o nome de Ponta Nova, por causa do ribeirão com o mesmo nome, e, já em 1885, antes mesmo de terminada a capela, tornava-se freguesia de Franca. Em 1926, como distrito, a antiga freguesia teria alterado seu nome para o que se usa hoje, por força de lei estadual.

Da palavra Jeriquara é difícil dizer, com certeza, o que venha a significar. Kûara em tupi quer dizer toca, buraco, e jeri, segundo a prefeitura, designa uma espécie de papagaio, o que resultaria em toca dos papagaios. Mas qual deles? Não há nenhum jeri registrado nos dicionários de ornitologia brasileira. Pode-se supor, por outra, que tal como a praia Jericoaquara do Ceará, a tradução do nome seja toca das tartarugas, dos cágados, de îurará (tartaruga, cágado) e kûara (toca, buraco). Mas é apenas uma hipótese, um vez que, conforme ainda informações da prefeitura, nunca se viram tartarugas ou cágados na região.

Jeriquara emancipou-se em 28 de fevereiro de 1964.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 165-166.