Monte Alto foi fundado por Porfírio Luís de Alcântara Pimentel, filho de mineiros que, como muitos outros depois do ciclo do ouro, vieram a se estabelecer em Santana do Paraíba Nova (hoje município de Areias), no Vale do Paraíba. Na localidade, quando contava 24 anos, no dia 1º de julho de 1876, Porfírio Luís teria sonhado com um lugar no alto de um monte, onde havia uma igreja, dedicada ao Senhor Bom Jesus de Pirapora, sonho que, para Porfírio, pareceu um presságio.

Conta-se, assim, que apenas seis anos depois, a mais de 60 léguas de casa, ele encontraria o terreno de seu sonho, na serra de Jaboticabal. A propriedade foi comprada por 800 mil réis em 1881, e já em 15 de maio, Porfírio mandava realizar a primeira missa campal, em torno de um cruzeiro que elevara defronte à área que havia reservado para a construção da capela do Senhor Bom Jesus de Pirapora, marco de fundação do povoado.

Habitado, de início, principalmente por mineiros e paulistas, o lugarejo receberia, mais tarde, numerosos nordestinos, que se tornariam os maiores produtores de café da região, para cujas lavouras os italianos, japoneses, portugueses e espanhóis acorreram em massa, na passagem do século XIX para XX.

Além de Senhor Bom Jesus de Pirapora de Monte Alto, o arraial seria conhecido também como senhor Bom Jesus das Três Divisas, provavelmente, por causa dos três cursos d’água que delimitam o município: os rios da Onça, e o Turvo, e o córrego Rico.

A denominação atual sobreveio em 31 de agosto de 1895, com sua emancipação de Jaboticabal, e se deve ao terreno de formação rochosa do Grupo Bauru, do período cetáceo superior, ligeiramente ondulado, sobre o qual está assentado o município.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 190.