Peruíbe - SP, parabéns pelos 66 anos
A primeira notícia que se tem de Peruíbe é de 1538, ano em que Pero Correa, como se lê no Livro do Tombo do Colégio de Jesus do Rio de Janeiro, recebeu em doação de Gonçalo Monteiro “duas Terras, huma aqui da outra banda desta ilha que há ao Porto das Naus (...) e outra donde chamaão Peroibe, que há dez ou doze léguas desta vila”.
Em 1584 já havia um vilarejo no local: o de São João de Peroíbe e, em conformidade com o que está transcrito do Livro do Tombo do convento de Itanhaém, contava, em 1692, com 129 habitantes, em sua maioria índios tupiniquins e carijós, já então com nomes cristãos.
A denominação do sítio se explica pelo Colégio de São João Batista, cuja construção, ao que parece, teria se iniciado em 1532, antes mesmo de Pero Correa receber a doação de suas terras.
Literalmente, Peruíbe significa no ou para o rio do tubarão. A partícula -pe (que sonorizou-se em -be) significa em tupi “em” ou “para”, e era colocada depois do nome a que se referia (por isso, aliás, a posposição e não preposição). Os portugueses, quando ouviam os índios dizerem que iam para o rio do tubarão, ouviam: oro-só yperu ´y-pe. Certamente, por isso, começaram a pensar que o dito lugar se chamaria yperu ´y-pe, quando, na verdade, era apenas yperu ´y (rio do tubarão: para yperu - tubarão, e ´y - rio, águas). A propósito, o mesmo aconteceu com outros topônimos, como Sergipe, que significa literalmente “no” ou “para o rio do siri” (de syry ´y-pe). Ainda sobre esse item, os ingleses, por exemplo, também incidiram nesse tipo de erro: um bom exemplo é a cidade do Porto, que para os britânicos que detinham o monopólio de comercialização do vinho do Porto, acabou sendo grafada como Oporto (que, a propósito, ainda pode ser lido nos rótulos de algumas garrafas do famoso vinho que provém da região portuguesa devidamente demarcada).
Diga-se, em tempo e como lembrete, que o tubarão a que se referiam os índios evidentemente não tinha nada a ver com os seláquios marítimos tão conhecidos, mas com certos peixes, também de rios, que os indígenas chamavam genericamente de tubarão.
Quanto ao município, aduza-se que Peruíbe emancipou-se do município de Itanhaém em 18 de fevereiro de 1959.
Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 218-219.
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