Terra ou país das palmeiras. Diz Theodoro Sampaio que esta palavra foi uma invenção de Couto de Magalhães, ou melhor, que ele a teria modificado pelo pouco conhecimento que tinha da língua tupi. Assim, segundo Theodoro Sampaio: “Couto de Magalhães refere ter ouvido, entre os indivíduos de uma tribo tupi do interior, o nome Pindorama (Pindó r-etama), região das palmeiras, como indicativo das terras do litoral brasileiro, e podendo-se aplicar ao país todo”.

Já o tupinista Frederico Edelweiss, argumentando contra essa afirmação, pondera que: “Couto de Magalhães talvez tenha ouvido alguém dizer pindó-rama por país de palmeiras, mas esse alguém, com certeza, não era um índio, pois r-etama (terra, país) nunca se transformou em rama. Devia ser algum gaiato inteligente e bom conhecedor do português, onde sabia existirem formações homófonas como colorama, dinherama, burrama”. Fica aberta a discussão.

Acredita-se, contudo, ser bem possível a hipótese levantada por Theodoro Sampaio, segundo a qual Pindorama viria do tupi pindó(ba) (palmeira) e r-etama (terra, país) com modificações até aceitáveis, levando-se em conta o desconhecimento da língua tupi por parte de Couto de Magalhães e, justamente, pela existência do sufixo português – rama (a que se refere Edelweiss), indicativo de grande quantidade, o que, enfim, facilitaria a alteração.

Pindorama foi distrito do município de Santa Adélia e emancipou-se em 31 de dezembro de 1925.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 221.