É mais um topônimo de origem tupi, mas que não se relaciona diretamente com os índios que tinham suas aldeias entre os rios Águas da Mangueira, Dourados e Feio (todos da bacia do Tietê). Os nativos em questão, na verdade, eram caingangues e nada têm a ver com a família tupi-guarani, cujo idioma é outro. Os caingangues são da família Macro-Gê e não é preciso muita imaginação para supor que os indivíduos desta etnia foram mortos ou expulsos da região do atual município de Pirajuí, uma vez que deles não resta vestígio algum, nem mesmo linguístico.

Foi, de qualquer maneira, nas terras dos caingangues que, a partir de 1891, se instalou a cultura cafeeira. E tal seria o seu sucesso que, em menos de dez anos, o município exibiria o título de maior produtor de café do mundo, quando, ainda no início do século XX, chegou a abrigar algo em torno de 35 milhões de pés desta planta.

O atual nome do município data de 1907, quando o então patrimônio de Pouso Alegre foi elevado a distrito de Bauru e a sua denominação, por sugestão de Plínio de Godoy, tupinista diletante, seria então alterado para Pirajuí, que significa rio dos dourados (literalmente, “dos peixes amarelos”), aludindo ao rio Dourado (em português) que corre próximo à sede do município. Este topônimo é formado pela composição das palavras pirá-îu (ba) (peixe amarelo) e ‘y (rio, água).

Pirajuí emancipou-se em 03 de dezembro de 1914.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 223-224.