Por conta de desastres naturais, produção agropecuária perdeu R$ 287 bilhões em 10 anos
A falta de chuvas ou o excesso delas acaba prejudicando o andamento do setor agropecuário em todo o país. Dados de um levantamento produzido pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) apontam que, de 2013 até agora, o setor do agronegócio teve prejuízos de R$ 287 bilhões por conta dos desastres naturais.
Os dados utilizados no estudo foram coletados por meio do Sistema Integrado de Informações Sobre Desastres, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (S2ID/Midr), no qual os Municípios registram os danos e prejuízos na produção rural decorrentes do excesso ou da falta de chuvas.
Nos últimos 10 anos, os Municípios registraram 14.635 decretos municipais de anormalidade referentes a um prejuízo total de R$ 287 bilhões na agricultura. A seca é a que mais prejudica o produtor rural, causando 87% dos prejuízos na agropecuária, sendo a agricultura a mais afetada com 65% do total de prejuízos.
Segundo o S2ID, nos últimos 10 anos o setor privado composto pela agricultura, pecuária, indústria, serviços e comércio tiveram um prejuízo total de R$ 320,1 bilhões. A agricultura e a pecuária, em virtude da seca ou da chuva, respondem por 90% do total de prejuízos sofridos no setor privado do país.
Isso acaba influenciando na economia brasileira. A produção agrícola, segundo o valor bruto da produção (VBP), entre 2013 e 2022, teve um crescimento de 37% no valor da produção de lavouras. Enquanto os prejuízos tiveram aumento muito mais acentuado, passando a representar 8,7% do valor bruto da produção agrícola em 2022.
A CNM destaca que, para minimizar os danos, as ações de prevenção e gestão de riscos devem ser incorporadas na ação coordenada e articulada dos Entes federados. O aumento da produção na agropecuária no Brasil, visando ao combate à fome e à garantia da segurança alimentar, deve ser apoiado por políticas públicas de estímulo e fomento, mas no contexto das mudanças climáticas deve-se fortalecer os mecanismos de convivência com a seca, em todos os Municípios recorrentemente afetados, com implantação de cisternas, barragens, além do plantio de culturas resistentes.
Confira aqui o estudo completo.
Por: Confederação Nacional de Municipios
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