A fundação de Taquaritinga data de 1868, quando alguns fazendeiros doaram 150 hectares de terra, onde já existia um patromônio estabelecido, na Fazenda Boavista do Ribeirão dos Porcos. A doação foi feita em nome de São Sebastião, santo da devoção de Sebastião Domingues da Silva, ao que foi posposta a denominação dos Coqueiros, para especificar o lugarejo, ainda em formação.

Este nome permaneceria até 1892, quando o já distrito de Jaboticabal ganhou foros de vila e foi renomeado como Vila de São Sebastião do Ribeirãozinho, que é como se conhece o riacho que corta, a sudeste, a cidade e deságua no ribeirão dos Porcos.

O atual topônimo é de 1907, época em que muitos municípios tiveram seus nomes antigos, da época colonial ou imperial, substituídos pelo governo republicano. No caso de Taquaritinga, a mudança foi determinada pela lei que criava a comarca de Taquaritinga.

Diz a prefeitura que não foi assim tão arbitrária a escolha do nome e que sua origem se explicaria pela existência nas cercanias da cidade, àquela época, de uma planta que, justamente, se chamaria taquaritinga. Rigorosamente, esta palavra significa pequena taquara branca e é formada pela composição de takûara (taquara), ‘i) (diminutivo) e tinga (branco). Dela, entretanto, não existe registro como tal nos compêndios de botânica.

Certamente, seria uma espécie de bambu ou taboca branca, parecida com o taquari, e sua existência pode ser suposta por uma referência (moderna) que se encontra no livro Sagarana, de João Guimarães Rosa (1908-1976), e, talvez, numa forma parelela: “E nas ilhas, penínsulas, istmos e cabos, multicrescem taboqueiras, tabúas, taquaris, taquariúbas, taquaratingas, taquaruçus”.

Por fim, pode ser, também, que esse topônimo tenha advindo de takûar ‘y-tinga, ou seja, rio (‘y) branco (tinga) das taquaras (takûara). Taquaritinga emancipou-se em 16 de agosto de 1892.

Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pg. 285.