Trabiju - SP, parabéns pelos 30 anos
A se crer na história local, o topônimo teria nascido, insolitamente, da exclamação de uma senhora francesa, esposa de um dos engenheiros que estavam construindo a Estrada de Ferro Araraquarense. Ao divisar a paisagem da região e admirada com a sua beleza, ela a teria elogiado como “Trés bijou!”, o que, livremente traduzido, significaria “Muito bonita” (literalmente, “muito jóia!”).
Teria sido, assim, por corruptela, que o município que pertenceu a Boa Esperança (atual Boa Esperança do Sul) acabou assumindo seu nome atual. Há, contudo, a possibilidade de se considerar uma origem indígena para o topônimo, mais precisamente a partir do tupi tarabé, barata, e ‘y, rio, águas, com a mesma síncope da vogal dobrada e a mesma palatalização da consoante oclusiva que se verificam em Sergipe (de syry’ [g]y-pe; syry, siri, ‘y, rio, e, -pe para, em).
A se aceitar essa etimologia, Trabiju significaria rio das baratas, da mesma maneira que Arapeí, com a diferença de em tarabé ‘y estar presente o sufixo t, indicativo da forma absoluta dos substantivos chamados de segunda classe (nome-t-era), em oposição ao r- da forma relacionada (meu nome – xe r-era). Acrescente-se que o indicativo t- de alguns desses substantivos caiu em desuso no tupi do litoral já nos século XVI e XVII (por exemplo, o ‘y, por essa época, dispensou o t- na forma absoluta, embora o possuísse antes; e prova seria o topônimo Ty-eté); ou seja, a sua presença em Trabiju apontaria para a antiguidade deste nome, além de confirmá-lo como “de fato” indígena, em oposição aos topônimos formados a partir de palavras tupis, mas que não são autóctones.
É possível, em suma, que, em vez da palatização da sílaba ‘y, a forma ju, que finaliza o topônimo, signifique amarelo de îu(ba), o que resultaria em barata amarela. Essa versão, porém, carece de um referencial objetivo. Não se sabe de baratas amarelas ou coisa parecida, mesmo entre as chamadas baratas d’água.
Trabiju emancipou-se em 27 de dezembro de 1995.
Fonte: (livro) A origem dos nomes dos municípios paulistas, Enio Squeff e Helder Perri Ferreira, 2003, pgs. 290-291.
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