Exposição em São Paulo é realizada em atenção ao Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas
São Paulo - A Defensoria Pública da União (DPU), por meio do Grupo de Trabalho de Proteção e Assistência às Vítimas de Tráfico de Pessoas (GTTP), participa da exposição ‘Tráfico de pessoas: o crime que você não vê’, realizada de 30 de julho a 8 de agosto no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), em São Paulo. A iniciativa busca alertar a sociedade para uma das violações de direitos humanos mais silenciosas e persistentes no país.
A mostra é promovida pela Comissão de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo (CETRAPTE-JF3R), em parceria com o GTTP/DPU e a Comissão de Gestão de Memória da Justiça Federal da 3ª Região (COGEM).
A abertura oficial será na segunda-feira, 4 de agosto, às 17h, com apresentação do Coral Jovem de Heliópolis. Representando a DPU, participa a defensora pública federal Daniela Muscari Scacchetti, integrante do GTTP, responsável pela articulação institucional e colaboradora na concepção da exposição.
A iniciativa integra as ações em atenção ao Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, 30 de julho. O evento é gratuito e aberto ao público.
Conhecimento como ferramenta de prevenção
Para Daniela Muscari, a participação da DPU em ações como essa é fundamental para ampliar o conhecimento da sociedade sobre o tráfico de pessoas, uma violação de direitos humanos que ainda é invisível. Ela ressalta que o tráfico humano está presente no cotidiano e pode ocorrer de diversas formas, como trabalho forçado, exploração sexual, adoção ilegal e tráfico de remoção de órgãos, dentre outras.
“As pessoas, em geral, não têm conhecimento sobre esse fenômeno. Mesmo quem já ouviu falar, muitas vezes duvida que ele realmente exista ou perceba o quão próximo está de nós. O conhecimento da sociedade sobre a existência do tráfico de pessoas pode ajudar tanto na autoproteção das vítimas quanto na identificação de situações suspeitas para a proteção de terceiros”, afirma.
Muscari destaca, ainda, que o acesso à informação é essencial para evitar novas violações, já que o processo de reparação das vítimas, após a ocorrência do crime, costuma ser longo e complexo. “O retorno da vítima para sua família, para sua vida anterior, é algo complexo. Não é impossível, mas envolve traumas, dificuldades e problemas diversos. Então, a melhor forma de enfrentamento em relação a qualquer crime é sempre a prevenção”, aponta.
Trabalho em rede
A defensora também enfatiza a relevância da atuação conjunta entre diferentes instituições na exposição que começa em 30 de julho. Para ela, o enfrentamento ao tráfico de pessoas exige ações coordenadas e nenhuma instituição tem, sozinha, capacidade de lidar com todas as dimensões e esferas que o problema exige. “A participação de diversas instituições é a única forma de prevenir, reprimir e oferecer assistência integral às vítimas. O enfrentamento ao tráfico de pessoas exige providências em diversas áreas, e essa articulação é fundamental”, explica.
Espaço de conscientização
A exposição será montada no térreo do TRF3, localizado na Avenida Paulista, um dos pontos de maior circulação da cidade. O local foi escolhido estrategicamente para alcançar um público diverso, incluindo profissionais do direito, servidores públicos, estudantes e cidadãos em geral.
A mostra reúne dados, notícias, relatos e conteúdos educativos sobre o tráfico de pessoas, com o objetivo de alertar para a gravidade do crime, sensibilizar a sociedade e estimular a denúncia e a prevenção.
Serviço
Exposição: Tráfico de pessoas: o crime que você não vê
Período: 30 de julho a 8 de agosto de 2025
Local: Espaço de eventos – Térreo do Tribunal Regional Federal da 3ª Região
Endereço: Avenida Paulista, 1842 – Bela Vista – São Paulo/SP
Abertura oficial: 4 de agosto (segunda-feira), às 17h
Entrada: Gratuita
Assessoria de Comunicação Social
Defensoria Pública da União
Por: Defensoria Pública da União
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