Castro gastou R$ 519 milhões com cargos fantasma para se reeleger, diz MPE
O vice-procurador-geral eleitoral, Alexandre Espinosa, deu números precisos à tramoia na última terça-feira (4/11), ao apresentar sustentações orais na sessão do Tribunal Superior Eleitoral. Segundo Espinosa, o pagamento dos 27 mil funcionários-fantasma usados no esquema tirou R$ 519.842.120,00 dos cofres públicos.
O montante é quase 30 vezes maior do que os R$ 17,7 milhões que Castro estava autorizado a gastar no primeiro turno da eleição.
Castro em entrevista coletiva sobre a operação que deixou 121 mortos, em 28/10/25
O dinheiro, conforme a denúncia, saiu de folhas de pagamento secretas da CEPERJ (Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro) e da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Espinosa destacou, no julgamento, o significado desse desequilíbrio.
“Instituições com relevantes funções sociais foram desvirtuadas para servir de fachada a um esquema de cooptação de votos e financiamento irregular de uma rede de apoiadores de suas pretensões eleitorais. A dimensão quantitativa da gravidade também salta, aos olhos”, afirmou.
Na boca do caixa
A relatora do caso no TSE, ministra Isabel Gallotti, destacou em seu voto que o desvirtuamento das funções da CEPERJ e da UERJ para os fins escusos. O procedimento para remunerar os contratados, que incluía saques em espécie na “boca do caixa”, é um dos pontos mais graves da denúncia.
Essa sistemática de pagamento demonstrou, na opinião da relatora, um método estruturado com notório propósito eleitoral. Testemunhas em juízo confirmaram a coerção a que eram submetidos os colaboradores dos projetos, sendo-lhes exigido atuar como cabos eleitorais de Castro e aliados, sob a ameaça de desligamento.
“Trata-se de uma sequência de atos que, analisados em seu conjunto, revelam um planejamento orientado para a obtenção de vantagens eleitorais ilícitas”, disse a relatora.
Por: Consultor Jurídico
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